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BRASILE LULA presidente 61,30% con 99,60 scrutinati
by garabombo Monday, Oct. 28, 2002 at 7:53 AM mail: bbb

LULA [PT] 52.648.591 61.30 Serra [PSDB] 33.241.232 38.70 Brancos 1.723.707 Nulos 3.762.595 Total 91.376.125 100.00 7:47:30 02:19 99.60%

BRASILE LULA presidente

LULA [PT] 52.648.591 61.30
Serra [PSDB] 33.241.232 38.70
Brancos 1.723.707
Nulos 3.762.595
Total 91.376.125 100.00

7:47:30 02:19


99.60%






27/10/2002 21:20
http://200.155.6.3/site/noticias/noticias_int.asp?cod=6553
27/10/2002 - Justiça Eleitoral declara Lula presidente

O Tribunal Superior Eleitoral acaba de declara Luiz Inácio Lula da Silva o presidente eleito do Brasil. Com 85,07% das urnas apuradas, o petista contava com 61,44% dos votos válidos. José Serra (PSDB) estava com 38,56%.

Lula já é também o brasileiro mais votado da história desde a apuração de 75% das urnas. O candidato da coligação PT-PCdoB-PL-PMN-PCB havia somado então 40.253.328 votos, batendo o próprio recorde que conquistou no primeiro turno, 39.443.765 votos.

Em São Paulo, as comemorações acontecem na avenida Paulista. No Rio, na praia do Leme. Desde a divulgação das pesquisas de boca-de-urna, no final desta tarde, os apoiadores de Lula foram às ruas.



28/10/2002 02:34
http://200.155.6.3/site/noticias/noticias_int.asp?cod=6565
28/10/2002 - Discurso de Lula na avenida lembra personalidades que sonharam com vitória petista

A multidão reunida na Avenida Paulista, centro financeiro de São Paulo onde ocorre a festa em comemoração à vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, parou para ouvir o pronunciamento do presidente eleito. Pelo menos 50 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, animavam-se com a música dos trios elétricos, e de artistas como Lecy Brandão, Art Popular e Chico César, sem qualquer registro de incidentes.

O presidente eleito começou seu pronunciamento na Avenida Paulista à meia-noite e meia, cercado de algumas lideranças do PT. Ocupavam o palanque, ao lado de Lula, o vice-presidente eleito José Alencar, o presidente nacional do PT, deputado federal José Dirceu (SP), a governadora do Rio de Janeiro, Benedita da Silva, o candidato derrotado ao governo de São Paulo, José Genoino, o senador petista eleito Aloizio Mercadante, a prefeita petista de São Paulo, Marta Suplicy, e as mulheres de Lula e Alencar, Marisa Letícia da Silva e Marisa Gomes.

Lula agradeceu nominalmente a participação de várias pessoas na campanha e lembrou correligionários e colaboradores importantes que morreram antes do resultado da eleição. Entre aqueles que Lula gostaria que vissem sua vitória, estavam Sérgio Buarque de Holanda, Mário Pedrosa, Henfil e Betinho, Paulo Freire, Santo Dias, Júlio de Grammont, Chico Mendes, João Amazonas, Carlito Maia, Celso Daniel e Toninho do PT. O petista queria também que sua mãe, que sempre receava por sua liderança na luta sindical, testemunhasse esse momento. "Esta vitória é a realização do sonho de algumas gerações e permitiu que a esperança derrotasse o medo", sintetizou Lula. Foi especialmente ovacionado ao agradecer a participação da juventude em sua campanha.

Lula não fez um discurso longo, buscou preparar a população para o novo governo, repetiu a idéia de que não vai governar só para aqueles que votaram nele e se mostrou otimista, prometendo muito trabalho. O petista comparou sua situação à de recém-casados apaixonados, que "ficam alimentando sonhos", e percebem que nem tudo o que queriam fazer conseguem com a rapidez que gostariam. "O mais difícil vem agora. Vocês sabem que o país vive uma crise. Mas sabem também que a nossa vitória representa a esperança que acumulamos por anos e anos. Vamos trabalhar de domingo a domingo, 24h por dia, para conseguir cumprir o que prometemos nessa campanha", disse.

"Nós não podemos deixar de cumprir o que prometemos. Primeiro porque a expectativa que trazemos é muito grande. Segundo é porque vocês carregam a certeza de que podemos fazer. E somente nós podemos fazer a mudança". Entre as expectativas geradas pelo PT, estariam realizações na educação, na saúde, reforma agrária. "Precisamos garantir que cada homem e cada mulher tenha direito de tomar café, almoçar e jantar. Temos que garantir o direito de morar e a cidadania", declarou.

"Jamais deixarei de andar de cabeça erguida e olhar nos olhos dos brasileiros, certo de meu dever cumprido". Lula completou seu discurso de forma emocionada: "Já vencemos todos os medos, o da bandeira vermelha, o da barba. Um torneiro mecânico e um empresário vão poder fazer pelo país o que a elite não conseguiu. Não trairei a confiança que vocês depositaram no PT mas se errar vou até a TV para pedir desculpas ao povo. ".

Lula ainda elogiou a alegria e bom humor de José Genoino durante a campanha e considerou-o "altamente vitorioso". "Genoino mostrou que o PT não é mais um partido de 10% de votos", disse, ressaltando os 41% de votos obtidos pelo petista em São Paulo.

Houve a execução do Hino Nacional e uma salva de fogos. Lula saiu do palanque abraçando militantes e eleitores que se encontravam à saída do local.

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«O Brasil votou sem medo de ser feliz»
by garabombo Monday, Oct. 28, 2002 at 8:22 AM mail: bbb

Actualizado el 28 de octubre del 2002 Año III

http://www.lainsignia.org/

Especial:
Brasil: Eleições 2002

Lula: «O Brasil votou sem medo de ser feliz»
Primeiro pronunciamento de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente eleito.

-Justiça Eleitoral declara Lula presidente

Laerte Braga: Lula confirma vitória

Luis Fernando Novoa Garzon: Reinventando o Brasil e o mundo sem pedir licença

Sandra Crespo: Valeu a pena esperar

Jaime Barba: Um novo tempo

Javier Diez Canseco: El primer presidente obrero: Lula

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Una nota
by Red Baron Monday, Oct. 28, 2002 at 1:28 PM mail:

Lula è davero l'inico presidente,che al di là delle rettoriche liberiste ,che dalla classe operaia abbia raggiunto un ruolo cosi importante in questo paese,poiche ,i suoi predecessori,erano di origine medio alte ...sia militari che civile..
Forse ancora un'altro mondo è possibile,

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Speriamo!
by Stoned Monday, Oct. 28, 2002 at 3:32 PM mail:

Di sicuro la vittoria di Lula è un buon auspicio

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Breve biografia di LULA
by MAURIZIO MATTEUZZI Monday, Oct. 28, 2002 at 5:25 PM mail: bbb

..........Nel marzo del '64, il padronato brasiliano intimorito dalle riforme sociali promesse dal governo del populista di sinistra João Goulart, organizzò il golpe militare del generale Castello Branco.............

.......Ma, con i generali al potere, le cose in fabbrica e nel paese andavano sempre peggio............

..........In piena dittatura combatteva contro i pelegos, i sindacalisti gialli venduti al padronato, e organizzava gli scioperi, che erano proibiti. Nel `77 il «miracolo brasiliano», ossia la tremenda crescita economica artificialmente alimentata dal flusso dei capitali e dei prestiti esteri, era finito e le proteste operaie si facevano sempre più frequenti............

..........Sia perché «siamo maturati» e sia perché «allora eravamo più che un partito una banda di fuorilegge, tutti con condanne di decine d'anni sulle spalle per crimini politici, e oggi siamo più che un partito: siamo una speranza». Che va molto oltre i confini della classe operaia.........


..........Lula fu fra i fondatori della Central única dos trabalhadores, oggi il maggior sindacato brasiliano con i suoi quasi 20 milioni di iscritti..........

............ arrivò al ballottaggio con l'avventuriero Collor de Mello - il candidato della destra «inventato» dalla Globo - battendo di pochissimo Leonel Brizola, della vecchia guardia laborista, che per l'occasione gli affibbiò un nomignolo divenuto famose: «sapo barbudo», il rospo barbuto..............



B R A S I L E , O R A È L A F E S T A D I L U L A


Oggi Luiz Inacio Da Silva compie 57 anni, oggi il Brasile vota per il nuovo presidente. Negli ultimi sondaggi il carismatico leader «petista» ha il doppio di voti del rivale.

Ecco la sua storia, da emigrato lustrascarpe e venditore ambulante di tapioca a operaio, sindacalista, detenuto dalla dittatura, leader politico radicalissimo, tre volte sfidante alle presidenziali e tre volte sconfitto.

E ora, riveduto e corretto (qualcuno parla di «Lula light»), futuro presidente del più grande paese dell'America Latina

Agora é Lula dice lo slogan della campagna elettorale di Luiz Inácio da Silva, universalmente conosciuto come Lula. Adesso è la volta di Lula. Oggi.

Lo diranno, secondo tutti i sondaggi, fra 60 e 65 milioni di brasiliani sui 115 milioni che andanno a votare nel ballottaggio odierno con José Serra, lontano 30 punti di percentuale e 30 milioni di voti.

Lo dicono gli astri e la cabala, il caso e il destino.

Il 6 ottobre, primo turno delle elezioni, Lula ha avuto il 46.4% dei voti. Oggi 27 ottobre il ballottaggio lo eleggerà presidente.

Il 6 ottobre del 1945, stando al certificato di nascita, Luiz Inácio da Silva nacque a Vargen Grande, alle porte di Garanhuns, cittadina dello Stato nordestino del Pernambuco.

Ma sua madre, Eurídice Ferreira de Mello, dona Lindu, diceva di ricordarsi benissimo che lui, l'ultimo dei suoi otto figli, in realtà venne al mondo il 27 ottobre del 1945.

Il 6 ottobre scorso e oggi 27 ottobre Lula festeggia i suoi 57 anni e, al quarto tentativo, la sua elezione a presidente.

La storia di Lula assomiglia a quella di un personaggio di Dickens. Una storia fatta di sofferenza, umiliazioni, coraggio, lotta, solidarietà, ostinazione, di dolorse sconfitte e vittorie entusiasmanti.

Come quella di oggi. E' la storia di uno dei milioni di migranti - che qui si chiamano retirantes - costretti a fuggire la fame e la seca del nord-est per cercare pane e fortuna nella grande San Paolo.

Il padre, Aristides Inácio da Silva, bracciante senza terra , lasciò la famiglia e il Pernambuco alcune settimane prima che Lula nascesse per andare a scaricare sacchi di caffè a Santos, il porto paulista.

Dona Lindu dovette calarsi in pieno nella parte della Madre Coraggio nordestina, povera ed esclusa, mai rassegnata ed eroica.

Aristides si portò dietro a Santos una ragazzina di 16 anni cugina di dona Lindu, la Mocinha, con cui fece altri otto figli. In un fugace ritorno a Garanhus, mise di nuovo incinta Lindu prima di tornarsene a Santos.

Nel `52 Dona Lindu caricò i sette figli su un «pau de arara», un camion trasformato in corriera, e dopo 13 giorni di viaggio arrivò a Santos.

Era il `52 e Lula aveva 7 anni. Aristides si divise per un po' di tempo fra le due case e le due famiglie. Lindu rimase incinta ancora una volta - due gemelli morti subito - e passò a Santos i peggiori anni di una vita agra.

I maltrattamenti inferti alla madre e ai figli - fra cui la proibizione di andare a scuola - marcarono Lula per sempre, nella sua venerazione per lei e nel risentimento per lui.

Nel `56 Lindu si decise a lasciare Aristides e, portandosi dietro i figli, andò a San Paolo. Dove vissero tutti in una camera e cucina sul retro di un bar in cui l'unico bagno serviva per la famiglia e i clienti.

Aristides morì nel `78, alcolizzato, e per quanto Lula dica di averlo perdonato perché «se non altro gli devo gli spermatozoi che mi hanno fatto nascere», la memoria del suo pessimo padre è stata probabilmente tanto decisiva nella sua storia personale quanto quella della sua meravigliosa madre.

Che, ricorda Lula, «lottò per darci da mangiare e tirare su da sola gli otto figli, senza che nessuno di noi sia diventato un bandito o un ladro».

Anche se né lei né nessun altro avrebbe mai creduto che uno di loro sarebbe diventato presidente della repubblica. Né che un giorno (si è saputo ieri) un certo signor Bill Gates lo avrebbe cercato per incontrarlo.

***

«A San Paolo potei fare le elementari in una scuola pubblica e poi frequentare una scuola professionale che mi dette la qualificazione necessaria per trovare un lavoro come tornitore meccanico».

Lula cominciò ad andare a scuola a 10 anni ma da quando ne aveva 7 andava in giro a vendere noccioline, tapioca e arance, poi a lucidare scarpe, poi a fattorino di una lavanderia nel barrio paulista di Ipiranga.

Erano gli anni di boom industriale e del «desenvolvimentismo» che avrebbe portato il presidente Jucelino Kubitschek a costruire Brasilia quando Lula, quattordicenne, entrò nella sua prima fabbrica.

Nel `63, preso il diploma da tornitore meccanico, lasciò il mignolo della mano sinistra sotto una pressa della Metalúrgica Independência, dove lavorava dalle 7 di sera alle 7 del mattino.

Nel marzo del '64, il padronato brasiliano intimorito dalle riforme sociali promesse dal governo del populista di sinistra João Goulart, organizzò il golpe militare del generale Castello Branco.

Il tornitore Lula passò da una fabbrica all'altra e nel `66, trasferitosi con la famiglia a São Bernardo do Campo - dove abita ancora oggi -, fu assunto dalla Metalúrgica Villares.

Fino ad allora l'unica cosa che lo interessava, a parte il lavoro, era il calcio.

Ma, con i generali al potere, le cose in fabbrica e nel paese andavano sempre peggio.

Fu il fratello José, anche lui operaio e militante clandestino del Partito comunista brasiliano, che lo convinse a partecipare a una riunione sindacale.

Era il 1968. Sette anni dopo, nel `75 fu eletto presidente del Sindicato dos Metalúrgicos di São Berardo do Campo e Diadema - città industriali nella cintura di San Paolo -, carica a cui fu rieletto nel `78.

In piena dittatura combatteva contro i pelegos, i sindacalisti gialli venduti al padronato, e organizzava gli scioperi, che erano proibiti. Nel `77 il «miracolo brasiliano», ossia la tremenda crescita economica artificialmente alimentata dal flusso dei capitali e dei prestiti esteri, era finito e le proteste operaie si facevano sempre più frequenti.

Il primo grande sciopero dei metalmeccanici, dopo dieci anni senza scioperi, fu quello del metallurgici di San Berardo, nel `78. A dirigerlo c'era Lula, e le immagini televisive di quel giovane e carismatico leader sindacale, barbuto e scarmigliato, fecero il giro del mondo.

Nel `79 fu alla testa di un secondo grande sciopero, 150 mila operai che si fermarono per chiedere non più solo migliori condizioni salariali ma anche la fine della dittatura militare.

Il primo aprile dell'80 altro sciopero generale e, all'alba del 19 aprile, Lula fu arrestato dagli uomini del Dops, il Dipartimento dell'ordine politico e sociale, sotto l'accusa di avere violato la Legge per la sicurezza nazionale.

Restò in carcere per 30 giorni con altri 17 sindacalisti e per loro si mosse fra gli altri il cardinale Paulo Evaristo Arns, arcivescovo di San Paolo e intrepido nemico della dittatura.

***

Lula era già un leader nazionale. Non solo sindacale ma politico. Il 10 febbraio del 1980 aveva fondato il Partido dos trabalhadores a cui aderirono subito sindacalisti, politici, comunità ecclesiali di base, militanti dei movimenti popolari di opposizione, intelletuali, artisti, scienziati, preti.

«Molti trovarono strana la nascita del Pt, sia a sinistra che a destra. Ma la grandezza che noi vedevamo in quella proposta stava proprio nella sua indefinitezza.

Non volevamo commettere l'errore di quelli che hanno un programma pronto in tasca, scritto da una mezza dozzina di teste d'uovo, che viene poi venduto come se fosse concluso una volta per tutte.

Fin dall'inizio ci furono però due principi su cui non potevano transigere: la democrazia interna e l'etica rigorosa».

Il radicalismo di quei tempi si è andato sciogliendo sia per le sconfitte di Lula candidato - specie quella dell'89 - sia per le vittorie del Pt - che dagli 8 deputati dell'86 è arrivato alla maggioranza relativa della Camera, con 91 deputati, del 6 ottobre scorso e che governa ormai con sindaci e governatori petisti oltre 50 milioni di brasiliani.

Sia perché «siamo maturati» e sia perché «allora eravamo più che un partito una banda di fuorilegge, tutti con condanne di decine d'anni sulle spalle per crimini politici, e oggi siamo più che un partito: siamo una speranza». Che va molto oltre i confini della classe operaia.

Dopo il Pt, la Cut. Nell'83 - ormai avviata, durante la presidenza del generale Figueiredo, la lenta «apertura» verso la democrazia -

Lula fu fra i fondatori della Central única dos trabalhadores, oggi il maggior sindacato brasiliano con i suoi quasi 20 milioni di iscritti.

Nell'86 fu il deputato federale all'assemblea costituente più votato del paese, con oltre 650 mila voti. Alle prime elezioni presidenziali dirette in 29 anni, quelle del 1989, arrivò al ballottaggio con l'avventuriero Collor de Mello - il candidato della destra «inventato» dalla Globo - battendo di pochissimo Leonel Brizola, della vecchia guardia laborista, che per l'occasione gli affibbiò un nomignolo divenuto famose: «sapo barbudo», il rospo barbuto.

Lula sembrava vicino alla vittoria ma il gioco sporco dei mass media e specialmente della televisione Globo lo fece crollare proprio in vista del traguardo.

Giornali e Tv andarono a frugare nella sua vita e scovarono una sua ex fidanzata che lo accusò di averla spinta ad abortire (in Brasile l'aborto è ufficialmente proibito) e, al suo rifiuto, di avere poi abbandonato lei e la bambina, Luriam.

Lula entrò in uno stato di profonda depressione e arrivò psicologicamente distrutto all'ultimo dibattito con Collor sulla Globo. Lo perse e perse il ballottaggio.

***

Questo capitolo della vita politica di Lula fu uno dei più dolorosi e si riallacciava a un altro capitolo tragico della sua vita da retirante nordestino.

Quando ebbe la storia con Miriam Cordero, Lula era (oltretutto) vedovo perché la sua prima moglie, Maria de Lourdes, era morta di parto, nel '70, insieme a quello che sarebbe stato il loro primo figlio.

Nel `74 Lula si risposò con Marisa, anche lei vedova, con cui poi ha avuto tre figli. Luriam, che oggi ha 28 anni e fa la giornalista, è del Pt e ha fatto campagna per il padre.

Le altre due sconfitte, contro Cardoso, nel `94 e nel `98, furono meno dolorose e per molti versi annunciate. Potevano sembrare la fine e invece servirono ad accumulare forze.

Da allora Lula ha preparato la rivincita, articolando alleanze verso il centro senza tagliare le ali marx-leniniste e trotzkiste del Pt, viaggiando instancabilmente per lo sterminato paese, abbandonando il look da sindacalista e gauchista, moderando il discorso e i contenuti, sorridendo anziché mordendo («Prima portavo una maglietta su cui sembrava sempre star scritto: sono incazzato»), trovando le parole e i toni giusti con gli industriali, i banchieri, gli operatori di Borsa, i militari.

E perfino con le mefitiche e poderose sette evangeliche che nel `94 lo dipingevano come «il candidato della marginalità e del caos» e «l'incarnazione del diavolo in terra»: oggi il «vescovo» Carlos Rodrigues della Igreja Universal do Reino de Deus fa campagna per Lula e dice che «basta con questa storia che il diavolo è barbuto e ha quattro dita».

Il risultato è il «Lula light», il «Lula diet», il «Lulinha paz e amor» di questa campagna. Che sommato alla drammatica crisi sociale che Cardoso si lascia dietro gli dà quei 30 punti di scarto sul candidato della continuità con cui oggi si presenta al voto.

E' davvero cambiato Lula? E quanto? Prima diceva che bisognava cessare i pagamenti del debito estero «fino a quando ci sarà un solo bambino cha abbia fame in Brasile», adesso dice che «il Brasile rispetterà tutti gli accordi presi dall'attuale governo»; prima diceva che l'Fmi è il male assoluto, adesso dice che è un male necessario; prima citava Cuba e Fidel come esempi di democrazia, adesso - pur confermando la sua ammirazione per Fidel - dice che sbaglia a «non convocare elezioni presidenziali dirette»; prima diceva che bisognava finirla «con il monopolio della Globo», ieri sera, dopo l'ultimo dibattito elettorale, si è complimentato per la «neutralità» della Globo in questa campagna.

Si vedrà presto se e quanto Lula è cambiato. E se essere divenuto un simbolo - addirittura «un mito» - e la sua straordinaria abilità di negoziatore - sviluppata negli anni duri da sindacalista - gli basteranno.

Certamente una volta entrato nel palazzo dell'Alvorada, la residenza del presidente a Brasilia, non potrà più lavare i piatti, come dice che gli piace fare nella sua modesta casa di San Bernardo.

E forse non potrà neanche più cucinare gli spaghetti alla carbonara che sembra siano la sua specialità. Ma è altrettanto certo che sarà uno spettacolo indimenticabile nella storia di questo paese vedere un ex-tornitore meccanico salire il primo gennaio 2003 la rampa del palazzo presidenziale di Planalto, nell'avveniristica architettura di Brasilia voluta da Kubitschek e creata dai visionari Lucio Costa e Oscar Niemeyer (che, a più di 90 anni, si professa ancora ostinatamente comunista ed elettore di Lula).

«E' un sogno per il Brasile vedere un uomo come Lula alla presidenza», ha detto il vecchio Brizola, quello del «sapo barbudo».

Un sogno che sembrava impossibile, come ha detto Chico Buarque abbracciandolo qui a Rio qualche giorno fa: «Dopo essere arrivati tanto vicini nell'89, non credevo più di poter vedere Lula presidente».

Quanta strada - e con quanta fatica - ha fatto il migrante nordestino partito nel `52 dal Pernambuco sulle ginocchia di dona Lindu verso San Paolo.

MAURIZIO MATTEUZZI il manifesto 27-10-2002

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Lula conquista anche l'etere. TV e Globo.
by MAURIZIO MATTEUZZI Monday, Oct. 28, 2002 at 6:14 PM mail: bbb

Lula conquista anche l'etere


Ripensamento civile, riconversione democratica? No, crisi economica. Che non ha risparmiato la stampa scritta e teletrasmessa, quasi tutta indebitata fino al collo - a cominciare dei 2 miliardi di dollari di debiti della Globo

Per questo il quasi centenario Roberto Marinho, il fondatore (grazie ai servigi resi alla dittatura militare) del gruppo Oganizações Globo, e i suoi tre figli Roberto Ireneu, Joao Roberto e José Roberto hanno voluto incontrare, qualche tempo fa, il candidato Lula.

Spazzatura. Che però mandò Lula ko. Poi l'opera fu completata con il collage degli spezzoni di dibattito in cui Lula era alle corde ossessivamente ritrasmessi nei programmi della Globo.

Che allora erano visti dai due terzi della popolazione brasiliana. Lula perse il dibattito e il ballottaggio. Collor divenne presidente e tre anni dopo fu cacciato dal Congresso sull'onda dell'indignazione popolare per le sue colossali ruberie.

Anche in quel caso fu la Globo a dare il colpo di grazia: quando cessò di difenderlo si capì che per lui era finita.

Però Lula, entrando ieri sera negli studi della Globo, avrà avvertito ugualmente un brivido, ricordando l'ottobre dell'89. Perché fu proprio l'ultimo dibattito sulla Globo, e il gioco sporco della Globo, che allora gli costarono la presidenza nelle elezioni di quell'anno.



Lula conquista anche l'etere

L'ultimo scontro in «prima serata» tv non capovolge le previsioni. Per la prima volta la televisione commerciale brasiliana non ha fatto una feroce campagna elettorale contro la sinistra. E Lula può vincere le elezioni con il «nulla osta» di una, troppo indebitata, Rete Globo

Due sere fa, dopo l'inamovibile puntata di Esperança, la telenovela di turno in prima serata, Lula da Silva e José Serra hanno ufficialmente chiuso la campagna elettorale in vista del ballottaggio di oggi con un dibattito sulla Rete Globo.

Dibattito molto atteso perché è stato l'unico accettato da Lula nelle tre settimane di «tempi supplementari» fra il voto del 6 e quello del 27 ottobre.

Serra ne voleva tre o quattro sulle altre reti principali e ha costantemente accusato Lula di «scappare» per la paura di doversi misurare con lui.

Anche il presidente Fernando Henrique Cardoso si è pronunciato più volte perché i due candidati - il suo e Lula - si presentassero in tv per chiarire le loro proposte al paese.

Glissando con bella disinvoltura sul fatto che nelle sue due campagne presidenziali Cardoso aveva altezzosamente respinto i dibatti a cui lo sfidava allora il candidato Lula.

Dibattito molto atteso, quello di ieri sera, ma anche molto ingessato e praticamente ininfluente. Lula, prima del 6 ottobre, ha partecipato a un'infinità di «scontri» a quattro - con Serra, Garotinho e Ciro Gomes - su tutte i principali network.

E li ha, a giudizio unanime, vinti tutti.

Ormai, a 57 anni, avendo sistemato la consecutio temporum e affinato il suo portoghese, avendo cambiato i jeans-e-maglietta con la giacca-e-cravatta, curando barba-e-capelli prima scarmigliati, se la cava straordinariamente bene davanti alle telecamere, soprattutto con quel manico di scopa che è Serra.

Che, oltre a trovarsi nell'insostenibile posizione di candidato della continuità e di candidato del cambiamento (ma «senza salti nel buio»), soffre di una invincibile antipatia d'immagine e di un'assoluta mancanza di appeal.

In un paese sterminato e arretrato come il Brasile, in cui i giornali scritti li legge solo il 19% della popolazione ma in cui l'87% delle case possiede la tv, l'immagine ha un'importanza decisiva.

L'image-maker del nuovo Lula «paz e amor», tutto in positivo anziché all'attacco delle nefandezze politiche e personali dei suoi avversari, si chiama Duda Mendonça ed è un esperto di marketing politico molto lontano dal Pt e dalla sinistra.

Al momento del suo ingaggio, molti hanno storto il naso perché in passato aveva lavorato per candidati di destra e campioni di scandali. È stato lui a imporre il Lula e «il Pt della Tv», come lo chiama Serra nel vano tentativo di instillare nell'elettorato il dubbio che esso sia molto diverso dagli altri due e più veri Pt: «quello del governo» che dice di voler mettere in piedi e «quello dell'Mst», i Senza Terra di João Pedro Stédile che praticano l'obiettivo della riforma agraria con la mobilitazione di massa e l'occupazione - spesso violenta - delle terre.

Anche ieri sera (notte fonda in Italia) Lula si è presentato nell'arena approntata dalla Globo nei modernissimi e costosissimi (455 milioni di dollari) studi di Jacarepaguà, alle porte di Rio, deciso a non farsi trascinare nella rissa di cui il suo avversario aveva bisogno nel tentativo disperato di recuperare i 30 punti di scarto e i 30 milioni di voti che tutti i sondaggi gli attribuiscono.

Rissa che - anche questo è un segnale - la stessa Globo ha inteso impedire imponendo un complicato regolamento per cui i due candidati non potevano interloquire - e insultarsi e aggredirsi - direttamente ma solo rispondere alle domande fatte da un pubblico selezionato fra gli indecisi.

Dibattito praticamente ininfluente in quanto i 115 milioni di elettori brasiliani la loro scelta sembrano averla già fatta.

Però Lula, entrando ieri sera negli studi della Globo, avrà avvertito ugualmente un brivido, ricordando l'ottobre dell'89. Perché fu proprio l'ultimo dibattito sulla Globo, e il gioco sporco della Globo, che allora gli costarono la presidenza nelle elezioni di quell'anno.

Al primo round Lula era arrivato dietro a un avventuriero di bell'aspetto chiamato Fernando Collor de Mello, «inventato» dalla Globo, che assomigliava tanto agli attor giovani delle sue telenovelas.

Alla vigilia del ballottaggio i sondaggi indicavano che Collor calava e Lula cresceva. Erano pari. All'ultimo e decisivo round - il dibattito sulla Globo -, Collor si presentò con un bel pacco di dossier bene in vista e avendo fatto filtrare la voce di essere pronto a tirare fuori da un momento all'altro «lo scandalo» - già sparato giorni prima dal giornale o Globo - di una ex fidanzata di Lula, dopo che era rimasto vedovo e prima di risposarsi con Marisa, che l'accusava di averla spinta ad abortire e, al suo rifiuto, di averla cacciata insieme alla figlioletta neonata.

Spazzatura. Che però mandò Lula ko. Poi l'opera fu completata con il collage degli spezzoni di dibattito in cui Lula era alle corde ossessivamente ritrasmessi nei programmi della Globo.

Che allora erano visti dai due terzi della popolazione brasiliana. Lula perse il dibattito e il ballottaggio. Collor divenne presidente e tre anni dopo fu cacciato dal Congresso sull'onda dell'indignazione popolare per le sue colossali ruberie.

Anche in quel caso fu la Globo a dare il colpo di grazia: quando cessò di difenderlo si capì che per lui era finita.

Questa volta a far sensazione è stata la «neutralità» della Globo - che pur non vantando più i due terzi della audience resta pur sempre con la metà - e delle altre emittenti principali - Sbt, Bandeirantes, Cnt, perfino la Record degli evangelici -, nonché dei più importanti giornali scritti - i quotidiani Globo, la Folha di San Paolo, il Jornal do Brasil, i settimanali Istoé e Veja, quest'ultimo portaerei del gruppo Abril di Roberto Civita, detentore del 50% del mercato dei magazine.

Ripensamento civile, riconversione democratica? No, crisi economica. Che non ha risparmiato la stampa scritta e teletrasmessa, quasi tutta indebitata fino al collo - a cominciare dei 2 miliardi di dollari di debiti della Globo.

Per questo il quasi centenario Roberto Marinho, il fondatore (grazie ai servigi resi alla dittatura militare) del gruppo Oganizações Globo, e i suoi tre figli Roberto Ireneu, Joao Roberto e José Roberto hanno voluto incontrare, qualche tempo fa, il candidato Lula.

Per questo per una volta hanno rinunciato al ruolo consolidato di creatori e distruttori di candidati e presidenti. Perché, come il pugno degli altri baroni dei mass-media, hanno un disperato bisogno dei crediti del governo federale. Mettersi contro il prossimo presidente del Brasile, anche se si chiama Lula ed è di sinistra, non avrebbe giovato alla causa.

MAURIZIO MATTEUZZI il manifesto 27-10-2002

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Lula visto dall' Argentina
by garabombo Tuesday, Oct. 29, 2002 at 8:17 AM mail: bbb

..........Stereotipo: Lula è Chacho Alvarez, come dire, correrà verso la destra.
Problema: Lula possiede una storia ben distinta e, come lo stesso ha dichiarato "non è mai stato rappresentante di sè stesso, ma dei lavoratori, e quando loro avanzavano, lui avanzava" ............

...........Stereotipo: Lula è Hugo Chávez.
Differenza: la società brasiliana non è ripartita a metà come quella venezuelana, e Lula è un leader politico più simile a Nelson Mandela, che non a un tipico comandante sudamericano. L’attuale situazione brasiliana è decisamente ricca, per poter essere analizzata sotto un qualsiasi facile schema..........

.........Ma, ancora una volta, è possibile che tante formulate opinioni affoghino il fatto incredibile che un metallurgico arrivi alla presidenza senza essere stato un burocrate sindacale, ma un brasiliano con una storia davvero brasiliana, come quella di aver lasciato la miseria del suo popolo di Garanhuns, nel nordest pernambucano, in cerca di un posto, per miserabile che fosse, in un quartiere nei dintorni di San Paolo............




Brasile:una speranza con 50 milioni di voti
by Bambine di Satana Monday October 28, 2002 at 11:46 PM


A 22 anni dalla sua fondazione, il PT può terminare la giornata con il 65,5% degli elettori brasiliani, consacrando presidente Luiz Inácio Lula da Silva, l’operaio metallurgico che prevede guidare una gigantesca coalizione sociale affinché il Brasile si industrializzi e porti avanti una dura negoziazione con gli Stati Uniti.

Alle cinque in punto della sera un vecchio dirigente sindacale metallurgico e leader del partito di sinistra più votato del mondo si convertirà nel presidente eletto della decima economia del pianeta.
Se le inchieste non falliscono Luiz Inàcio Lula da Silva festeggerà oggi il suo 57 compleanno con 50 milioni di voti per il suo progetto: quello di sfamare i brasiliani, unire il Brasile in una nazione industriale e porlo all’avanguardia di una negoziazione continentale con gli Stati Uniti.

Nessuno sa come sarà il governo Lula.
Neppure Lula.
Uno dei vantaggi del Partido de los Trabajadores è che, una volta definita l’esatta miscela di ciò che si deve e quello che si può, non perde tempo in pronostici per autocompiacersi.
Mette in atto. Lavora. Organizza. Convince.

Ma questo 27 di ottobre conserva il sapore di giorni che commuovono il mondo, se non altro per sei dati:

- Il Brasile conta 170 milioni di abitanti
- 55 milioni vivono sotto la soglia di povertà, e parte di questi può essere integrata rapidamente con il mercato.
- 33 milioni sono indigenti, non riescono a mangiare il necessario, e già soltanto realizzare che avranno la possibilità di sfamarsi, sarà oltre che umano anche "riattivatore".
- Il debito estero arriva a 250 milioni di dollari.
- Il Brasile, paese industriale e non di rendita, è la maggiore economia della regione e il principale ostacolo che devono evitare gli Stati Uniti per imporre, senza modificarlo, il loro progetto di Area del Libero Commercio delle Americhe (ALCA)

Per la prima volta in una nazione importante vince le elezioni un partito che si oppose al discorso primitivo del neoliberismo, al populismo trasformista e al disprezzo per l’economia reale.

Ma quando le scosse sono forti, la tendenza argentina è quella di compararle con le proprie e metterci in mezzo parole e stereotipi che tendono ad oscurarle, invece di chiarirle.

Secondo uno stereotipo il Brasile sarebbe come l’Argentina. Falso: oltre ad una maggiore portata, il Brasile non si trova in discesa economica, anche se si presenta stanco e stagnante, né sta attraversando una crisi politica.

Altro stereotipo: la situazione in Brasile non è come quella Argentina, ma finirà allo stesso modo o peggio.
Elemento: tutto può essere, ma il PT rappresenta un tentativo di articolazione sociale per deindustrializzare il paese, che abbraccia dai lavoratori industriali e campesinos senza terra agli industriali come il candidato a vice
José Alencar Remeras, che fattura 300 milioni di dollari l’anno.

Stereotipo: Lula è proiettato verso il centro.
Traduzione: vuota.
Chiave: la realtà è che dopo 22 anni di crescita politica il PT lasciò le porte del potere e, dato strano per l’Argentina, ha scelto di abbandonare l’adolescenza per prepararsi a condurre lo Stato nel mezzo della crisi e con Gorge W. Bush presidente degli Stati Uniti.

Stereotipo: Lula è Chacho Alvarez, come dire, correrà verso la destra.
Problema: Lula possiede una storia ben distinta e, come lo stesso ha dichiarato "non è mai stato rappresentante di sè stesso, ma dei lavoratori, e quando loro avanzavano, lui avanzava"

Denise Paraná, una delle sue biografe, analizzava che il PT nacque come convergenza dell’iniziativa sindacale di aspirazioni diffuse verso una maggiore uguaglianza economica e una leadership di Lula.
Problema di sfumatura: il fallimento di Chacho e di Frepaso non era dovuto alla loro tendenza verso la destra, in astratto, ma ad una loro rinuncia nel costruire un progetto distinto e per non aver utilizzato la forza parlamentare di Frepaso nel 2000, per discutere politicamente all'interno dell’Alleanza.

Stereotipo: Lula è Hugo Chávez.
Differenza: la società brasiliana non è ripartita a metà come quella venezuelana, e Lula è un leader politico più simile a Nelson Mandela, che non a un tipico comandante sudamericano. L’attuale situazione brasiliana è decisamente ricca, per poter essere analizzata sotto un qualsiasi facile schema.

Fondato nel 1980, il Partido de los Trabajadores, è cresciuto dal basso, con l’immediata peculiarità di non definire sé stesso per ideologia e credo, ma per identità politica.
Non si è mai definì per una o per altra interpretazione del marxismo.
E' cresciuto in termini pratici, nutrito e sostenuto dai lavoratori, molti di loro operai della nuova industrializzazione degli anni ’70, senza mai dubitare della democrazia, né della necessità delle elezioni libere.

Il ministro dell’Economia della dittatura liberista, Delfim Netto, che ha promesso il suo voto a Lula per questa seconda volta, sostiene che tempo addietro il PT si compromise con la democrazia, mentre ora si sta compromettendo con il mercato.
Ma l’affermazione può lasciare tranquilli i critici del PT e la sinistra: allora, era certo che Lula non era Lula.
E può lasciare tranquilli coloro che si domandano dell’establishement: Lula è stato addomesticato.

Ma, ancora una volta, è possibile che tante formulate opinioni affoghino il fatto incredibile che un metallurgico arrivi alla presidenza senza essere stato un burocrate sindacale, ma un brasiliano con una storia davvero brasiliana, come quella di aver lasciato la miseria del suo popolo di Garanhuns, nel nordest pernambucano, in cerca di un posto, per miserabile che fosse, in un quartiere nei dintorni di San Paolo.

Ne Lula nè il PT sono stati costruiti dallo Stato o dal potere economico, di modo che arrivassero al governo senza che per le loro origini dovessero niente a nessuno, anche se ovviamente segnati dalle limitazioni della crisi.

Se esiste un debito immediato sarà con i partiti e i candidati che aiutarono Lula nei voti per il ballottaggio, come Ciro Gomes, Anthony Garotinho e vari comandanti degli Interni.
Per questi ci potrà essere posto nel futuro governo.
Ovviamente, il PT già sapeva che anche vincendo con una rilevante differenza, non potrebbe da solo governare questo gigantesco paese.
Conta con la prima minoranza nella Camera dei Deputati, con la cifra record di 91 deputati, ma il Parlamento è composto in totale da 513 e rappresentano forze provinciali, correnti nazionali e gruppi di interesse, persino religiosi.
E’ sufficiente un dato: le chiese evangeliche contano un totale di 18 milini di fedeli, più del 10% della popolazione. Se Fernando Henrique Cardoso, formò una coalizione permanente – conservatorismo modernizzante-, è la definizione di José Dirceu, presidente del PT-, con Lula inizia l’era delle coalizioni speciali e trasformiste

La scommessa, ugualmente, ha radici sociali e non astratte. Per esempio, dare terra a milioni di campesinos significa risolvere il problema della fame del Brasile/schiavo, mentre contemporaneamente lo Stato offre agli industriali una possibilità di avvalersi dei vantaggi dell’ampiamento del mercato interno.

Stanotte, alle 12 si è applicata la legge dura in tutto il Brasile.
Niente alcool.
Ma molti hanno fatto accoppiata di birra e cachasa.
Anche se nessuno lo dice, quasi per certo alle cinque in punto di oggi, si può dare inizio al carnevale e nessuno sa quando va a finire.
Passo a passo. Il governo in ogni caso salirà dopo, il 1 di gennaio
Oggi è festa.
Se nessun miracolo al rovescio si interpone, sarà presidente del Brasile lo stesso tipo che nei ’70 chiedeva lavoro, terra e libertà

Por Martín Granovsky, da Pagina 12

L'articolo è di ieri, ma non avevamo nè voglia ne tempo di pubblicarlo prima

"Revolution - Dopes - Guns & Fuckin' in the streets"
by Bambine di Satana


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FINALE 99,99 28-10-2002 ore 16.58 ora Brasile
by garabombo Tuesday, Oct. 29, 2002 at 3:21 PM mail: bbb

IL TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ha tempi LUNGHIIIIII, nonostante il voto elettronico.

DATI quasi definitivi (99,99% agg. 28-10-2002 ore 16.58 ora Brasile)

CANDIDATO VOTI %

LULA [PT] 52.792.927 61.27
Serra [PSDB] 33.370.489 38.73

Bianche 1.727.746
Nulle 3.772.116

Totale 91.663.278 100.00

Schede scrutinate 99,99 %

28/10/2002 21:34
http://200.155.6.3/site/noticias/noticias_int.asp?cod=6608
28/10/2002 - Lula no JN: "Lealdade sempre; traição aos ideais, não"

Em entrevista ao vivo no Jornal Nacional desta noite, na TV Globo, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva recebeu uma série de homenagens ao assistir imagens de seu passado como sindicalista e das festas que ocorreram em todo o país após a confirmação de que havia sido eleito, na noite de ontem.

"Haja coração", reagiu o petista ao assistir, emocionado, às várias declarações de confiança e alegria de eleitores brasileiros.

Durante a entrevista, Lula reiterou que pretende trabalhar incansavelmente para cumprir tudo o que está em seu programa de governo. O presidente eleito enfatizou que irá travar uma guerra contra a fome desde o primeiro dia de seu governo. Para isso, criará uma secretaria especial, ligada à Presidência da República, que articulará todas as políticas de combate à miséria e envolvererá organizações não-governamentais, igrejas e sociedade civil nessa batalha.

Questionado novamente sobre nomes que comporão seu futuro governo, negou-se a dar qualquer informação. "Não posso me render a pressões alheias. Daqui a pouco o governo será montado de fora para dentro", endureceu. Após várias tentativas do jornalista William Bonner de obter mais detalhes, Lula deu algumas pistas —vagas— sobre o perfil do futuro presidente do Banco Central. "Será uma pessoa da minha confiança, com capacidade, competência e que entenda de mercado", afirmou. Lula disse ainda que o titular do BC não precisa necessariamente ser filiado ao PT.

O petista diz ter um time em mente para assumir as pastas do próximo governo, mas ressaltou que sua sensibilidade política o obriga a conversar mais com aliados e parceiros antes de decidir definitivamente.

Lula também elogiou o presidente Fernando Henrique Cardoso, pelo seu "comportamento digno" ao preparar uma transição organizada e tranqüila. Amanhã será divulgada a equipe de transição escolhida por Lula, que terá perfil eminentemente técnico, segundo ele.

Ao final da entrevista, depois de novas cenas que o homenageavam, Lula agradeceu ao povo brasileiro e concluiu com uma mensagem ao país: "Lealdade sempre; traição aos ideais, não."



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